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CRCGO promove 3º Congresso Nacional de Inteligência Fiscal e SPED com foco em Reforma Tributária e Ferramentas de Compliance

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CRCGO promove 3º Congresso Nacional de Inteligência Fiscal e SPED com foco em Reforma Tributária e Ferramentas de Compliance

O Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO) realizou nesta sexta-feira (11/07), em sua sede, em Goiânia, a 3ª edição do Congresso Nacional de Inteligência Fiscal e Sistema Público de Escrituração Digital (Conafiscal). O evento reuniu, em formato híbrido, mais de 370 profissionais da contabilidade, entre tributaristas, empresários e estudantes de todo o estado, com uma programação robusta voltada à Reforma Tributária e ao uso de ferramentas tecnológicas no universo contábil.

Durante a solenidade de abertura, a presidente do CRCGO, Sucena Hummel, destacou a importância do congresso como espaço de atualização técnica e estratégica para os profissionais da área. “Com mais um Conafiscal, nossa gestão reafirma o compromisso com a capacitação profissional e com o fortalecimento da classe contábil diante das profundas mudanças que a Reforma Tributária trará nos próximos meses e anos. Essa transformação exigirá de nós, contadores com pleno domínio técnico, um papel ainda mais estratégico. É hora de unir conhecimento e inovação para agregar valor às empresas, aos contribuintes e à sociedade como um todo”, afirmou.

Na sequência, Sucena convidou ao palco o presidente do CRC do Ceará, Fellipe Guerra, para oficializar as boas-vindas. Ambos conversaram com o público, destacando os principais feitos e desafios enfrentados pela classe contábil em todo o país, reforçando que ações de fiscalização, registro e representação institucional são fundamentais para o fortalecimento da contabilidade brasileira.

O congresso também promoveu momentos de integração entre os participantes, com networking qualificado e troca de experiências. A terceira edição do Conafiscal foi realizada em parceria com instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Goiás) e a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). O evento contou ainda com apoio do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG-Goiás), Alterdata Software, Thomson Reuters Brasil e Tron Informática, reforçando o compromisso com o desenvolvimento técnico, ético e estratégico da profissão contábil em Goiás.

Presenças

Participaram do dia D do Conafiscal o vice-presidente de Administração e Planejamento, Henrique Ricardo Batista; de Controle Interno, Ranniel Martins; de Fiscalização, Ética e Disciplina, Francisco de Assis de Lima, os conselheiros José Gilmar Carvalho, Rogger Said; o coordenador adjunto da Comissão Voluntariado, Admilson Morais; a integrante da Comissão da Mulher Contabilista, Maria Luzia; o presidente do Sescon-Goiás, Edson Cândido Pinto, entre outras personalidades classsistas.

Reforma Tributária em foco

A programação do Conafiscal teve início com a palestra do presidente do CRC do Ceará, Fellipe Guerra, que abordou o tema “Reforma Tributária: Aspectos Operacionais e Políticos”. Conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e integrante da Comissão de Contabilidade do órgão, Guerra apresentou uma análise aprofundada dos impactos práticos e institucionais da reforma, destacando os principais desafios e implicações para o ambiente empresarial. Com foco na adaptação das organizações ao novo sistema tributário, o palestrante ressaltou a importância do planejamento estratégico e da atuação proativa dos profissionais da contabilidade neste momento de transição.

Logo após, o painel “Os Efeitos da Reforma Tributária sobre as Holdings” reuniu os especialistas Vitória Guerra e Felipe Teixeira, com mediação de Fellipe Guerra. Com ampla experiência em reorganização societária, Vitória abordou as mudanças estruturais que afetarão o planejamento patrimonial e sucessório. Já Felipe Teixeira, advogado e consultor tributário, trouxe uma perspectiva jurídica sobre riscos e oportunidades para holdings familiares e empresariais, tratando da incidência de impostos e da possível redução de alíquotas, com exemplos práticos.

Durante a mediação, Fellipe Guerra enfatizou a importância da atuação integrada entre contador e advogado nesse novo cenário. Ele alertou que as empresas que não se adequarem à reforma enfrentarão sérias dificuldades. O público interagiu ativamente, esclarecendo dúvidas sobre ganhos de capital, aquisição de imóveis, estrutura de custos, entre outros temas.

Inteligência artificial na contabilidade

Após o intervalo para o almoço, a programação foi retomada com a palestra “Ferramentas de IA para a Contabilidade”, apresentada por Marcos Nunes, especialista em tecnologia contábil e cientista de dados. O palestrante demonstrou como a inteligência artificial já está sendo aplicada na automação de rotinas, análise de dados e conformidade tributária, transformando o papel do contador nas organizações.

“A utilização da inteligência artificial na contabilidade é benéfica e irreversível. Temos muitas possibilidades. Nossos três pilares são: a produção textual, sobretudo na parte consultiva, precisamos aprimorar nossa escrita, especialmente nas comunicações virtuais; a execução do RPA (automação de processos), com foco em hiperautomação e precisão no processamento de dados; e a apresentação de resultados, com agilidade na elaboração de dashboards personalizados”, explicou Nunes.

O especialista também relembrou os tempos do método “hectográfico”, técnica conhecida como “gelatina”, usada por contadores no passado, para mostrar a evolução da profissão. Segundo ele, embora a tecnologia nunca substitua totalmente a mão de obra humana, ela é um facilitador essencial e irreversível no cenário atual.

Encerramento e reflexões sobre créditos tributários

Encerrando o ciclo de palestras, o painel “Reforma Tributária: não cumulatividade e créditos” aprofundou a discussão sobre as novas regras de apuração e aproveitamento de créditos tributários. Participaram do debate Marcos Nunes e Leandro Almeida, com mediação de Fernando Witicovski, conselheiro do CRCGO e coordenador da Comissão Tributária da entidade.

O painel destacou a complexidade da implantação do modelo de não cumulatividade, exigindo das empresas planejamento técnico rigoroso e controle de conformidade. Witicovski enfatizou que o novo sistema exigirá uma verdadeira reeducação fiscal por parte de profissionais e organizações. Já Leandro Almeida reforçou o papel estratégico dos CRCs no apoio à adaptação da classe contábil a essas transformações.

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Comunicação CRCGO, Kamilla Lemes

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